Adaptação curricular em resposta às mudanças tecnológicas na EPT
A revolução digital e seu impacto no mercado e, consequentemente, na Educação, exigem que as instituições de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) não apenas incorporem novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, como também desenvolvam adaptabilidade constante dos seus currículos, a fim de preparar os estudantes para as tendências do mundo do trabalho.
Na era da informação, temos uma economia cada vez mais baseada em conhecimento e tecnologia. E, se o mercado acelera nas inovações tecnológicas, suprindo novas necessidades da sociedade, a Educação precisa ser ainda mais veloz, antecipando-se às tendências para formar profissionais aptos a lidar com elas.
Currículos atualizados com foco nas habilidades e competências digitais e em técnicas avançadas são, neste cenário, mandatórios. Inteligência artificial, robótica e big data não estão apenas transformando a indústria, o comércio e os serviços, mas redefinindo as formas de trabalhar como conhecemos.
Para que a EPT acompanhe todo o movimento e complexidade do mercado, os currículos devem evoluir constantemente e incorporar não apenas o conhecimento técnico sobre as novas tecnologias, mas também e, fundamentalmente, habilidades socioemocionais de pensamento crítico e resolução de problemas que, naturalmente, são acessadas com frequência neste contexto.
Mas, sabemos que a atualização dos currículos da EPT, integrando continuamente novas habilidades e tecnologias emergentes, traz desafios significativos. Custo e infraestrutura são, talvez, as primeiras barreiras que se impõem no contexto Brasil, de dimensões continentais, especialmente em regiões menos favorecidas.
Além disso, a formação de professores competentes no ensino destas novas tecnologias é também outro desafio contínuo, já que as metodologias mais atualizadas de ensino e aprendizagem destacam a necessidade de estratégias pedagógicas que não apenas introduzem ferramentas tecnológicas, mas que também contextualizam seu uso em situações da vida real, como é o caso da Aprendizagem Baseada e Projetos ou Aprendizagem Baseada em Problemas, por exemplo.
Portanto, estarem alinhadas à indústria e ao mercado de maneira geral, buscando parcerias para estágios, projetos e programas de treinamento em estreita colaboração, pode ajudar as instituições de EPT a encontrarem meios de superar estes desafios, além de oferecer aos alunos oportunidades de experiências práticas.
Por outro lado, as tecnologias imersivas, como realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e realidade mista (MR), que combina elementos das duas primeiras, além das simulações em 3D estão se tornando cada vez mais acessíveis, podendo ser incorporadas, sem alto custo, às estratégias de aprendizagem com simulações que podem complementar e auxiliar no aprendizado prático.
A adaptação curricular em resposta às mudanças tecnológicas é uma necessidade premente para as instituições de EPT. Ao abraçar a tecnologia e reformular os currículos, essas instituições podem não apenas melhorar a qualidade da educação técnica, mas também garantir que seus alunos estejam prontos para enfrentar os desafios do futuro mercado de trabalho.
Oferecer um currículo sempre em linha com a evolução do trabalho é um compromisso com a inovação educacional e com a colaboração estratégica com a indústria e com os formuladores de políticas públicas. É justamente esta relação que diferencia e justifica a Educação Profissional e Tecnológica, emprestando a ela uma posição de vanguarda.